A falta de acordo entre as escolas de gestão portuguesas atrasou o “Programa MIT-Portugal”, noticia o “Público” de hoje, segunda-feira. O acordo entre o Estado português e o Massachusetts Institute of Technology (MIT) será assinado quarta-feira, no Centro Cultural de Belém.

Datado de 29 de Agosto passado, o relatório final de avaliação do MIT às condições académicas e empresariais de Portugal para a realização do acordo admitia que seria necessário mais tempo para levar a cabo a tarefa de fusão de cursos MBA, uma metade do projecto, que considera a engenharia e a gestão áreas prioritárias.

Segundo o “Público”, estas divisões já foram ultrapassadas esta quarta-feira e as escolas portuguesas de gestão marcarão presença na assinatura do acordo.

O MIT aposta na associação entre programas portugueses de MBA visto que, actualmente, cada um dos programas “é muito pequeno e é muito difícil construir um de alta qualidade reconhecido internacionalmente”, diz o relatório do instituto a que o jornal teve acesso. No texto, o MIT criticava a resistência das escolas portuguesas à fusão, invocando “todas elas” “razões históricas e institucionais”.

Bioengenharia, transportes, energia e sistemas de produção industrial são as áreas prioritárias no programa de acção resultante do acordo entre Portugal e instituto. Trata-se de “um reforço extraordinário da internacionalização da Universidade portuguesa”, disse sexta o ministro da Ciência e do Ensino Superior, Mariano Gago.

As universidades de Coimbra, Porto, Minho, Clássica de Lisboa, Nova de Lisboa, ISEG (Instituto Superior de Economia e Gestão) e IST (Instituto Superior Técnico) da Universidade Técnica, e laboratórios como o INESC Porto e o Centro de Neurociências e Biologia Celular de Coimbra são algumas das instituições envolvidas.

O programa envolve, segundo o “Expresso” do passado sábado, 26 instituições de ensino superior e um investimento de 60 milhões de euros.

Na área da gestão, o acordo prevê um programa MBA, coordenado pela escola de gestão do MIT, Sloan School of Management, e a realização de seminários de doutoramento. Na engenharia, a divisão de Engenharia de Sistemas do instituto norte-americano vai coordenar projectos em torno de quatro áreas: bioengenharia, transportes, energia e sistemas de produção industrial.