O Relatório Anual sobre a Evolução do Fenómeno da Droga na Europa, divulgado hoje, concluiu que Portugal é o país com o maior número de casos de infecção VIH/Sida entre os consumidores de drogas injectáveis (CDI), com 98,5 casos por milhão de habitantes.

Mesmo assim, de acordo com um relatório anteriormente divulgado pela ONU/Sida, integrada na Organização Mundial de Saúde (OMS), a taxa de infecções VIH/Sida, em Portugal, desceu cerca de 30% entre 2001 e 2005.

No Reino Unido, a taxa de infecção actual é de 2,5 casos em cada milhão, por ano. Espanha e Itália, países com epidemias do VIH/Sida entre CDI, recusaram a entrega de dados nacionais das notificações de casos VIH/Sida, situação “que afecta muito negativamente o valor destes dados para descreverem o panorama global da UE”, no entender do Observatório Europeu da Droga e da Toxicodependência (OEDT).

O relatório destaca o facto de Portugal, juntamente com a Hungria, serem os primeiros países “a solicitar uma avaliação externa das suas estratégias nacionais de luta contra a droga”. Essa avaliação é feita a nível externo pela Instituto Nacional da Administração português e pelo Instituto da Droga e da Toxicodependência (IDT) a nível interno.

Portugal conta com o Plano Nacional Contra a Droga e as Toxicodependências (Horizonte 2005-2012) e aprovou este ano o “Horizonte 2008”. Este plano tem entre outras medidas a criação das polémicas “salas de chuto”.

Joana Almeida Silva
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