Fenprof vai promover referendo nacional junto dos professores sobre o tema.

O Estatuto de Carreira Docente (EDC) será responsável por uma grande instabilidade no sector do ensino, conduzindo ao desemprego de mais de 5 mil dos actuais contratados, colocando mais de 20 mil docentes à porta dos “supranumerários” e “fazendo aumentar a instabilidade profissional de dezenas de milhar de professores e educadores”. O alerta é da Federação Nacional de Professores (Fenprof), um dia depois da aprovação do estatuto em Conselho de Ministros.

Esta medida acentuará “a degradação da qualidade do ensino”, diz a Fenprof em comunicado.

A contestação dos docentes tem-se feito sentir nos últimos tempos. Os protestos sucederam-se: mais de 25 mil professores e educadores desfilaram no dia 5 de Outubro, cerca de 80% que aderiram à greve de 17 e 18 de Outubro e mais de 65 mil subscreveram o abaixo-assinado entregue no Ministério da Educação em 17 de Novembro.

Acusando a ministra da Educação de sofrer de “uma perturbante cegueira política” e de virar os professores e educadores contra os seus sindicatos, a Fenprof vai desencadear várias acções de luta, como uma campanha de informação e esclarecimento e a promoção de uma “consulta/referendo nacional” junto dos professores sobre o tema.

O objectivo destas iniciativas, segundo a Fenprof, passa “por obter novos ganhos e atenuar alguns dos aspectos mais negativos da imposição ministerial”.

Cláudia Filipa Castro Reis
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