Em 2030, a SIDA será a a terceira causa de morte a nível mundial, revela um estudo da Organização Mundial de Saúde (OMS). A doença ocupava em 2002 o quarto lugar. As doenças cardíacas e cancerosas, que já estão no topo da lista desde 2002, continuarão a ser as duas principais causas de morte.

A SIDA matou 2,8 milhões de pessoas em 2002. O número deverá aumentar para 4,3 milhões em 2015, e para 6,5 milhões em 2030, isto se 80% das pessoas infectadas pelo vírus tiverem acesso aos anti-retrovirais em 2012. A OMS prevê que existam 120 milhões de infectados pelo VIH em 2030.

A perspectiva mais optimista revela que, se as novas estirpes da doença forem devidamente combatidas, o número de vítimas pode descer para 90 milhões. O estudo demonstra ainda que a população dos países de Terceiro Mundo vai ser a mais afectada pela doença.

Nos países desenvolvidos as principais causas de morte são as doenças cardíacas. As previsões indicam um aumento de 17, em 2002, para 20 milhões de mortes em 2030.

Mortes por tabaco aumentam mais de 53%

As vítimas de cancro também vão aumentar: estima-se que, nos próximos 25 anos, os números cheguem a 12 milhões, superando os 7 milhões contabilizados em 2002.

As mortes provocadas pelo consumo de tabaco vão aumentar mais de 53% até 2030, com 8,3 milhões de óbitos, contra 5,4 milhões em 2005.

Mortalidade mundial aumenta

A mortalidade mundial está a aumentar, mas a esperança média de vida também, em resultado do progressivo desenvolvimento cientifico e tecnológico. O estudo da OMS aponta, assim, para um aumento do número de vítimas mortais mas em idades cada vez mais avançadas.

Os investigadores prevêem ainda um aumento de 20% no número de mortes provocadas por acidentes de viação.

Foram analisados mais de 100 países, tendo em conta variáveis como o índice de mortalidade, o PIB per capita, graus académicos e consumo de tabaco. Os investigadores criaram um modelo equacional complexo que permite prever uma escala de principais causas de morte no futuro.

Sandra Pinto
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