O estado de conservação da 12ª esquadra do Porto ilustra as conclusões do Estudo da Reestruturação do Dispositivo Policial. Segundo a pesquisa, nove das 15 esquadras da PSP do Porto funcionam em prédios degradados e não adaptados à função que acolhem.
Depois da queda de parte do tecto quarta-feira, que feriu ligeiramente um agente, esta manhã houve novo incidente numa altura em que se efectuava a limpeza do local. “A esquadra está instalada num edifício antigo, não é património próprio da polícia. Há uma série de problemas para resolver, nomeadamente sobre a responsabilidade de quem cuida do património. Neste caso, a responsabilidade primeira não é da PSP”, disse ao JPN o comandante da Esquadra de Cedofeita, Joaquim Gomes.
A urgência em resolver a situação das esquadras portuenses prende-se, segundo o comandante, com o facto de as instalações degradadas não serem “motivadoras” para os funcionários nem gerarem confiança nos cidadãos que as procuram. “Uma má imagem das infra-estruturas reflecte-se na má imagem que o público tem do nosso serviço”, acrescenta o Comandante.
“O plano de investimentos plurianual visa fazer uma reabilitação de cerca de 55 instalações da PSP e 70 da GNR, que pode mudar o panorama das instalações policiais do nosso país”, salientou Joaquim Gomes.
A remodelação das instalações de Cedofeita é tanto mais necessária pelo facto delas virem a absorver, em breve, a equipa e os serviços da esquadra da Praça Coronel Pacheco, que vai ser desactivada.
A transferência para Cedofeita não se justifica com o estado das instalações, mas “com a localização e existência de outras esquadras muito próximas”, explica o chefe adjunto da esquadra de Coronel Pacheco, Alfredo Ferreira.