Pelo menos seis pessoas ficaram feridas na sequência dos confrontos entre a polícia brasileira e os manifestantes no estado de São Paulo. Quando os manifestantes tentavam ocupar as duas faixas da avenida paulista a polícia foi obrigada a intervir com balas de borracha e gás lacrimogéneo. Os manifestantes responderam atirando pedras e garrafas, levando lojas e bancos a fecharem as portas.
Durante a manifestação foram exibidos cartazes que exigiam também respeito pelos direitos da mulher: “Hoje é dia de luta da mulher”, “Bush não deveria estar aqui”, “Pelas mulheres do Iraque”, “Fora Bush” e “Bush assassino”.
O protesto contra Bush no coração financeiro de São Paulo foi apenas um entre vários realizados em todo o país antes da chegada do presidente americano. No Rio de Janeiro, manifestantes apedrejaram o consulado dos Estados Unidos. Salvador e Porto Alegre também foram palco de manifestações.
A deslocação de George Bush à América Latina, iniciada esta quinta-feira em São Paulo, termina no dia 13, inclui ainda visitas à Colômbia, Guatemala e México.
Esta visita do presidente norte-americano visa diminuir a crescente influência de Hugo Chavez na região, criando barreiras económicas à exportação do petróleo venezuelano. A agenda de Bush inclui ainda o financiamento de moradias populares e o envio de um navio-hospital numa região em que um em cada quatro pessoas sobrevive com menos de dois dólares por dia.
Ainda no Brasil, Lula e Bush vão discutir a produção de biocombustíveis e a diminuição das barreiras alfandegárias impostas ao álcool brasileiro
Autoridades policiais atentas a possíveis ataques terroristas
O maior grupo guerrilheiro da Colômbia planeava executar ataques em Bogotá, capital da Colômbia, durante a visita do presidente George W. Bush, informaram autoridades do país depois dos serviços de inteligência terem interceptado comunicações entre líderes das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc)
As autoridades determinaram uma série de restrições durante a visita, limitando a circulação por algumas das principais ruas da capital colombiana. Cerca de sete mil homens da Polícia Nacional vão reforçar a segurança do presidente norte-americano.