Os chefes de Estado e Governo da União Europeia (UE) chegaram a um acordo sobre uma meta vinculativa de 20% até 2020 de energias obtidas de fontes energéticas renováveis (vento, sol, água, biomassa) em relação ao consumo total de energias. Comprometem-se à redução de emissões de gases de efeito estufa responsável pelo aquecimento global do planeta.

O primeiro-ministro português vê o plano de combate às alterações climáticas como uma “vitória para a Europa” e uma demonstração da liderança dos europeus.

José Sócrates afastou a hipótese da entrada do nuclear em Portugal, uma posição apoiada pelo presidente da Quercus, Hélder Spínola, “Faz muito mais sentido investir nas energias renováveis porque são o grande suporte das necessidades da nossa sociedade para o futuro. Não faria sentido estar a dar passos para trás”, disse ao JPN.

Para Hélder Spínola, “aumentar a produção de energias por fontes renováveis” é uma “necessidade”, já que permite diminuir a “dependência do petróleo e também aumentar a eficiência energética”.

A França e alguns países de Leste, ainda fortemente dependentes da energia nuclear, defendem esta opção como sendo a mais limpa e alternativa.

O presidente da Quercus defende ainda que “a energia nuclear insere em si graves problemas que estão por resolver, como é o caso da própria segurança e dos resíduos radioactivos, que continuam a não ter solução a nível mundial”.

A opinião partilhada por José Paiva, da Associação de Ecologia Social Terra Viva. “Não nos podemos esquecer que a energia nuclear implica a importação de tecnologia e isso para Portugal é bastante mau. Além do mais temos que recordar que os riscos mantêm-se, não podemos esquecer o acidente nuclear de Chernobil”, afirma.