O Governo vai investir quase mil milhões de euros em obras de requalificação de 332 das 447 escolas secundárias sob a tutela do Ministério da Educação. O investimento vai começar a ser implementado em quatro estabelecimentos de ensino de Lisboa e Porto e durante nove anos estender-se-á às outras escolas contempladas pelo programa.

Mais de metade (60%) da verba do programa de remodelação e modernização das escolas vem de fundos comunitários, sendo o restante garantido por financiamento bancário (25%) e por “acções de valorização patrimonial e desenvolvimento de unidades de negócio” nas próprias escolas (15%), conforme referiu João Sintra Nunes, presidente da empresa criada pelo Governo para a gestão do programa de requalificação, a Parque Escolar.

O projecto envolve, no âmbito da angariação de recursos que contribuam para a reestruturação de edifícios, o arrendamento de espaços à comunidade exterior, para actividades culturais, sociais, desportivas e de lazer.

Adoración Magalhães, presidente do Conselho Executivo da Escola Rodrigues de Freitas (na foto), no Porto, declarou ao JPN: “Não me parece mal, pois temos de rentabilizar tanto quanto possível aquilo que temos e que não utilizamos. Por isso, acaba por ser uma boa gestão”..

O primeiro-ministro salientou esta segunda-feira a importância de requalificar as instalações dos estabelecimentos de ensino. José Sócrates e a ministra da Educação, Maria de Lurdes Rodrigues, estiveram presentes no lançamento oficial do Programa de Modernização das Escolas Secundárias, que decorreu na Escola Secundária D. Dinis, em Lisboa, e de manhã na Escola Secundária Rodrigues de Freitas no Porto.

As primeiras quatro escolas que vão implementar este plano são a D. Dinis e D. João de Castro, em Lisboa, e a Rodrigues de Freitas e Oliveira Martins, no Porto.

A presidente do Conselho Executivo da Escola Rodrigues de Freitas partilha da opinião de José Sócrates. “Melhores condições acabam por significar mais possibilidades para os alunos e para os professores. Os agentes de educação estão assim em melhores circunstâncias para ensinar e para aprender”, salientou Adoración Magalhães.

Quanto à proposta de fusão da escola Rodrigues de Freitas com a Escola Carolina Michaelis para acolher o Conservatório de Música, por parte da DREN, Adoración Magalhães é peremptória. “Está fora de questão. Pelo menos o actual ministério nunca teve como hipótese que Carolina Michaelis viesse para estas instalações. O que esteve sempre em cima da mesa foi vir para cá o Conservatório de Música, e efectivamente é isso que vai acontecer”, afirma.