Os últimos cinco anos representaram para os Estados Unidos um aumento de 10% no número de doentes de Alzheimer. Actualmente, um em cada oito norte-americanos com mais de 65 anos padece da doença. Após os 85 anos, o valor é de uma cada duas pessoas.

A Associação de Alzheimer dos EUA receia que haja um aumento do número nos próximos anos, já que a idade revela-se como o principal factor de risco.

Caso não se encontrem novos tratamentos, os doentes de Alzheimer podem atingir os 7,7 milhões em 2030 e os 16 milhões em 2050. Segundo dados de um relatório da associação divulgado esta quarta-feira, existem entre 200 mil e 500 mil pessoas com menos de 65 anos que apresentam já os primeiros sintomas da patologia. Entre 2002 e 2004, o número de mortes por esta degeneração cerebral evolutiva aumentou 33%.

60 a 70 mil doentes em Portugal

A presidente da Associação de Alzheimer norte-americana afirmou que é uma prioridade travar a doença. Citado pela agência Lusa, Harry Jones realçou que “na ausência de um tratamento eficaz, e com o envelhecimento crescente da população, a doença provocará uma crise do sistema de saúde”.

Apesar de não haver nenhum estudo semelhante em Portugal, a Associação Portuguesa dos Familiares e Amigos dos Doentes de Alzheimer prevê que haja entre 60 a 70 mil doentes.

A Associação de Alzheimer dos Estados Unidos indicou que existem medicamentos que estão a ser testados clinicamente e considerou que os resultados têm sido promissores.

A doença de Alzheimer é uma doença do cérebro, de instalação insidiosa, com agravamentos progressivos, lentos e irreversíveis.