Sexta-feira à noite, pelas 21h, a Avenida dos Aliados, no Porto, encheu-se de automóveis clássicos, que participaram numa prova especial, integrada no “4º Rali Terras da Maia/Henisa”. O evento marca o arranque da “Classic Cup 2007“, competição que reúne grande parte de regularidade histórica nacional.

“Isto é uma prova em que se beneficia muitíssimo mais a regularidade que a rapidez. Poderá haver um sítio ou outro que tenha que ser necessário andar um pouquinho mais depressa, mas a prova é toda pensada para, em qualquer momento, cumprir o Código de Estrada”, explica o responsável pela organização, Hélder Valente.

“Acima de tudo é uma forma de nos encontrarmos – os apaixonados pelos carros clássicos -, desfrutar dos automóveis que normalmente estão nas garagens e visitar coisas diferentes”. “Tivemos bastantes visitantes não só de Portugal, de uma ponta a outra, como de Espanha, de França e da Alemanha”, acrescentou o responsável.

Com a participação de 120 automóveis clássicos, Hélder Valente destacou a importância do apoio da Câmara do Porto ao ceder a Avenida dos Aliados para a realização do evento. “O apoio da câmara é muito importante. Sem ele podíamos fazer uma coisa aqui na Avenida dos Aliados, que, quando surgiu a ideia, era uma coisa completamente impensável. Felizmente conjugaram-se os interesses”.

A iniciativa contou com a presença do vice-presidente da câmara do Porto, Álvaro Castello-Branco, que sublinhou a disponibilidade da autarquia portuense para apoiar “tudo o que seja eventos ligados a actividades quer desportivas, quer culturais”. “Esta praça foi feita para isso, portanto a câmara está perfeitamente aberta a qualquer tipo de eventos”, salientou.

“É um rali que passou em vários sítios hoje: partiu da Maia, passou em Paredes, Penafiel, Gaia e acabou aqui no Porto. Amanhã vai continuar. Portanto, fazia todo o sentido que esta etapa terminasse aqui”, afirmou Álvaro Castello-Branco.

O vice-presidente considerou que se fez “pouca divulgação”, mas a organização garante que a adesão do público superou as expectativas. “A iniciativa foi bem divulgada nos órgãos da especialidade foi muito bem divulgada. A câmara também fez alguma divulgação”, disse Hélder Valente.

Como é estar ao volante de um automóvel clássico?

Num Porsche Carrera 2.7, Jorge Silva fala do “prazer sublime” que é conduzir o carro. Já para o espanhol Carlos Alonso significa “voltar um pouco às origens da condução, onde prima o condutor e menos a electrónica”. Jorge Silva considerou ainda “que é importante a preservação do automóvel e mostrar o parque automóvel que existiu em tempos à juventude”.

Conduzindo um Lancia, João Paulo Martinho admitiu “alguma nostalgia”. “Quando era miúdo, de vez em quando andava num carro igual, no lugar ao lado, e agora é gratificante poder conduzi-lo ao fim de 30 e tal anos”. Ao lado vai hoje o filho, que “vai poder daqui a uns anos conduzi-lo”.

Ao volante de um Porsche 911, de 1973, João Mexia diz que é um “prazer” conduzir um carro quase da sua idade. “Competir em ralis é uma coisa que gosto e o ambiente é sempre agradável”, acrescenta.