O enterramento da linha férrea em Espinho está num ponto sem retorno. Após as dificuldades técnicas que atrasaram o ritmo da obra, tudo parece encarreirado para a conclusão da intervenção já no próximo ano.

Com a chegada da tuneladora alemã à obra, os problemas geológicos foram resolvidos e um novo período na vida da linha férrea foi iniciado. As obras sucedem-se pela noite dentro, num claro sinal de recuperação do tempo perdido.

A demolição da estação de comboios na última segunda-feira foi um marco simbólico para a cidade, que ainda aguenta com as dificuldades do enterramento. As constantes mudanças dos acessos às plataformas, as alterações quase semanais da direcção do trânsito e a abertura da estação provisória continuam a ser um fardo para os espinhenses.

O fecho do campo de futebol do clube do Rio Largo e a preparação da demolição do pontão vão ser os passos seguintes que o enterramento vai tomar.

O JPN recupera a reportagem televisiva “Espinho encalhado com a ‘obra do século’”, realizada anteriormente à chegada da máquina alemã, em que se retratam as implicações negativas da obra para a cidade, que, apesar de tudo, augura um efeito positivo para o concelho.