“Jesus Cristo Superstar” marca uma dupla estreia no Porto: pela primeira vez sobe ao palco do Rivoli uma produção do encenador Filipe La Féria e o clássico dos musicais estreia-se no Porto.

Um projecto que, tal como os anteriores realizados pelo encenador, cumprem o seu papel de “serviço público”, ao atrair vários espectadores para os seus espectáculos, afirmou esta quinta-feira La Féria.

A conviteda Comissão de Acolhimento da Camâra Municipal do Porto (actual gestora do Rivoli) a peça do encenador será realizada na íntegra no Porto. Sobre a possibilidade da Bastidores gerir a partir de Maio o teatro, La Féria indica que “só pensa em cada coisa a seu tempo”.

O Rivoli abriu esta tarde as portas para o casting que decidirá o elenco de “Jesus Cristo Superstar”. Foram muitos os que vieram até ao teatro na tentativa de fazer parte dos cerca de 40 actores que participarão na peça.

Por entre o caminhar nervoso e o roer de unhas, Bruno Lourenço é um dos que espera que o chamem para dar voz à música “I only want to say”. Sem expectativas parte para dentro da sala. Participou já nas peças “A canção de Lisboa” e “A minha tia e eu”, encenadas por Filipe La Féria. A prova parece ter corrido bem, mas são vários os participantes e difícil a escolha.

Musical sobe pela primeira vez a um palco do Porto

Depois de 14 anos de trabalho, o encenador dá agora um novo passo na carreira. Afirma que “a vida só merece a pena ser vivida com um enorme desafio”. Desejoso de fazer um espectáculo no Porto, e poucas horas depois das audições terem começado, La Féria já admitia que “no norte há enormes valores e é preciso renová-los”.

Um espectáculo desta magnitude envolve um grande orçamento. Mas, pela primeira vez, os apoios nacionais abundam e a produção não está dependente de um subsídio estatal. Uma nova etapa que para o encenador “foi uma vitória no teatro do espectáculo português”.

“Uma música genial, talvez uma das músicas mais belas de todos os musicais de sempre”. É desta forma que La Féria caracteriza“Jesus Cristo Superstar”. Com estreia marcada para Maio, o encenador espera que este seja um enorme espectáculo, uma ópera rock que fique “no coração de todas as pessoas”.