A Universidade de Aveiro (UA) é a primeira instituição de ensino superior portuguesa a ter um espaço próprio no Second Life, um dos ambientes virtuais 3D mais célebres do momento. “Já foi comprada a ilha, mas ainda não está disponível”, explica ao JPN Pedro Almeida, professor da universidade e membro da equipa.

Com mais de cinco milhões de utilizadores, o Second Life tem actualmente 70 universidades e organizações educativas estrangeiras, como a Harvard Law-School, Colorado Tech, Princeton e a Ohio University.

Os edifícios da UA virtual estão neste momento em fase de construção. Do trabalho de três docentes e cinco alunos da UA nascerá uma “universidade flutuante sobre a ilha”. Cenários mais formais, com auditório e “showroom”, e cenários informais em que se privilegia a interacção fazem parte do projecto.

Promover a participação e a colaboração dos alunos fazem parte dos objectivos pedagógicos. Para Pedro Almeida, o Second Life favorece a discussão de ideias, através da partilha de informação e recursos.

Universidade do Porto prepara ilha

Pedro Almeida confessa que o Second Life acaba por funcionar como “instrumento de divulgação da universidade numa tecnologia de ponta”. Uma ferramenta de marketing à qual a Universidade do Porto (UP) também recorreu.

A UP espera ter também, “a muito curto prazo”, uma ilha no programa, indica o professor de Hipermédia & Estruturas Narrativas Paulo Frias, que utiliza o Second Life nas suas aulas. A futura ilha da UP envolverá alunos desde as áreas de comunicação, passando por Belas Artes e Engenharia.

Paulo Frias considera “natural” e positiva a presença das instituições portuguesas no Second Life, frisando a presença de universidades estrangeiras reconhecidas.

Uma forma de ensinar

“Não será o futuro, será uma possível forma de ensinar”, sublinha o professor da UP. Com o Second Life, o e-learning torna-se uma forma de ensino “mais participativa e valorativa” – características em consonância com o paradigma de ensino fixado no Processo de Bolonha.

Pedro Almeida, da UA, destaca que esta nova forma de e-learning “abre um mundo mais alargado de potencialidades” relativamente ao ensino à distância tradicional.