Três decadas em pré-fabricados fazem da palavra “impasse” uma tradição quando se fala das novas instalações da Faculdade de Ciências da Nutrição e Alimentação da Universidade do Porto (FCNAUP).

Depois de não ter sido inscrita no PIDDAC para 2007, a FCNAUP aguarda agora que o Ministério da Ciência e Ensino Superior dê o seu aval para se dar início à fase de concurso público do projecto das novas instalações, já aprovado e finalizado no ano passado. Desde Março que há maquete do projecto da nova casa de Nutrição.

“Continuamos a fazer as diligências necessárias com todo o apoio da reitoria – porque este é um projecto da UP e não só da FCNAUP – para que se tente desencadear o processo de autorização ministerial para o lançamento do concurso”, revela ao JPN a presidente do Conselho Directivo da FCAUP, Maria Daniel Vaz de Almeida.

Confessando que ficaria muito satisfeita se o projecto fosse sujeito a concurso ainda este ano, a presidente do Conselho Directivo não esconde, contudo, “alguma preocupação” pelo facto de “o Governo não ter inserido a faculdade no PIDDAC” e pela demora da resposta do ministério.

Cinco milhões de euros para o novo edifício

Para Maria Daniel Alves de Almeida, “o novo edifício é fundamental para a faculdade continuar a desenvolver-se”, uma vez que há determinadas actividades de investigação e de formação que são prejudicadas pelas actuais instalações “precárias e insuficientes”.

Orçado em cinco milhões de euros, o novo edifício da Faculdade de Nutrição ficará situado junto ao campo de futebol da Faculdade de Desporto da UP e será constituído por dois “blocos” interligados entre si, ocupando uma área cerca de sete vezes maior do que a actual.

De acordo com Maria Daniel Alves de Almeida, a nova FCNAUP foi desenhada tendo em vista a utilização de recursos de outras unidades orgânicas da universidade. “Há laboratórios de outras faculdades com as quais temos protocolos que pensamos que devem continuar a manter-se, mas tivemos que investir em todas as áreas das Ciências da Nutrição e Alimentação em que a UP não dispõe de formação e investigação”, explica a presidente do Conselho Directivo.