A Associação Portuguesa de Certificação (APCER) certificou, esta terça-feira, o Centro de Ensino e Formação do Instituto Português de Oncologia (IPO) do Porto Francisco Gentil. O presidente do IPO, José Maria Laranja Pontes, vê esta creditação como “um passo para a qualidade institucional”.

O director do Serviço de Ensino e Formação, José Evaristo Sanches, reconhece a importância do certificado da APCER, que pode aumentar a confiança dos formadores e “atrair mecenas para apoiar a obra”.

A avaliação do sistema de gestão da qualidade do Centro de Formação foi feita por auditores, com base em critérios definidos internacionalmente. Luís Fonseca, assessor do conselho de administração da APCER, afirma que o Centro de Ensino e Formação “satisfaz plenamente os requisitos e, por isso, merece com toda a justiça o certificado”. Considera, no entanto, que é necessário continuar a melhorar.

A aposta na informatização do Centro de Formação e Ensino é uma das prioridades. “Aquilo que nos faz falta é um sistema de informação, que nos permita ter sempre on-line as necessidades de formação, a formação efectuada e os resultados”, diz o director do serviço. O principal entrave é a falta de capital.

O IPO do Porto desenvolve acções de formação desde 1974 para melhorar as competências dos seus profissionais e garantir a qualidade do funcionamento dos seus serviços. Este certificado poderá trazer “um maior volume de formandos, mais necessidades e mais pedidos de formação”, de acordo com José Sanches.

O presidente do IPO sustentaque a formação profissional ensina como prestar um melhor tratamento aos doentes. “Os profissionais aprendem nestes centros qual é a melhor maneira de tratar os doentes, não sob o ponto de vista técnico, mas sob o ponto de vista das relações humanas e da melhor organização dos serviços para satisfazer as necessidades dos pacientes”.

O Centro de Ensino e Formação do IPO é o primeiro Centro de Formação Hospitalar com Certificação pela Norma NP EN ISO 9001: 2000. Situação que se explicapela falta de tradição na avaliação do sector da saúde. Luís Fonseca adianta que “os bons resultados obtidos têm levado a que este sector avance e, hoje em dia, represente cerca de 10% das entidades certificadas”.

Para além de funcionar como um centro de formação interna do instituto, é também frequentado por alunos externos. Em 2006, foram ministradas mais de 27.600 horas de formação aos cerca de 1.700 funcionários e registou uma afluência de 274 pessoas externas.