O Presidente da República acredita ser “difícil evitar” a “discussão”, “mais dia, menos dia”, sobre a introdução da energia nuclear em Portugal. O primeiro-ministro, José Sócrates, disse recentemente que o tema não está na agenda para esta legislatura.
Para Cavaco Silva, apesar de importantes, as energias alternativas, como a eólica, a biomassa, o biodiesel ou a hídrica, não são suficientes.
Por isso, “se não for descoberta outra fonte de energia, como o hidrogénio, o nuclear terá de ser debatido em Portugal de forma mais aberta”, defendeu hoje, quarta-feira, citado pela Lusa, Cavaco Silva, em Riga, na Letónia, no encontro que teve com outros sete presidentes não executivos de países membros da União Europeia.
“Verdes” condenam declarações
Em comunicado, “Os Verdes” “lamentam e condenam” as declarações de Cavaco, “que vão no sentido de abrir portas à energia nuclear no nosso país”.
“Numa altura em que se clarificou que o nuclear não é uma aposta de Portugal em termos de resposta energética, por que razão vem o Presidente da República atiçar os apetites e interesses no lobby nuclearista do país?”, questiona o partido ecologista.
“A introdução da energia nuclear na componente energética é inaceitável e representa um retrocesso em matéria de segurança energética e do desenvolvimento sustentável do nosso país”, acrescenta.