Um dia depois dos atentados de Argel reinvindicados pela Al-Qaeda, que causaram 24 mortos e 222 feridos, o juiz de instrução espanhol Baltasar Garzon afirmou, em entrevista ao “La Vanguardia”, que a Espanha e os dois enclaves espanhóis Ceuta e Melilla podem ser alvo de ataque do grupo islamita.

Na mensagem em que reivindica o atentado de Argel, a Al-Qaeda afirma que o território espanhol deve ser englobado no mundo muçulmano e acrescenta que não ficarão em paz até libertarem “toda a terra do Islão” e voltem a “pôr pé sobre a Andaluzia espoliada e sobre a Jerusalém violada”.

De acordo com o diário espanhol “ABC”, há 15 dias que os serviços de segurança dos Estados Unidos ou Reino Unido alertam os países europeus para um eventual atentado da Al-Qaeda no Norte de África.

Desde o início do julgamento dos autores dos atentados de 11 de Março que Madrid está no nível 2 de segurança, um nível em que as forças de seguranças cobrem sobretudo espaços onde há aglomeração de pessoas. O ministro do Interior espanhol, Alfredo Pérez Rubalcaba, afirmou não ser necessário aumentar o nível de segurança depois do atentado de Argel.