O Executivo de José Sócrates acredita que o valor da taxa de inflação será superior em 0,1% à previsão feita no âmbito do Programa de Estabilidade e Crescimento (PEC) apresentado à União Europeia no final de 2006. As previsões face aos restantes itens do PEC deverão manter-se.

Espera-se que a economia cresça 1,8% neste ano e que acelere para os 2,4% em 2008 – uma evolução devida sobretudo ao aumento do investimento e à subida das exportações.

Já a taxa de desemprego deverá situar-se nos 7,5% em 2007 e diminuir em 2008 para os 7,2.

O parecer do Conselho Económico e Social (CES) em relação ao primeiro cenário traçado pelo Governo considerou positivo o crescimento do Produto Interno Bruto em 2007 e 2008, com valores próximos da média europeia.

O CES realçou ainda o objectivo de diminuir o défice público em 2008 para os 2,6%, com consequências ao nível do aumento do consumo e investimentos a nível interno. O valor abaixo dos 3% significa igualmente o fim da situação de défice excessivo.

No pólo oposto, o Conselho colocou o insuficiente crescimento económico, que impede que Portugal cresça ao nível dos parceiros europeus, e os elevados índices de desemprego. Ponto negativo mereceu também a manutenção do grande endividamento externo da economia nacional.