Um homem armado começou a atirar, nesta segunda-feira, nos dormitórios e depois em salas de aula da Universidade Virgínia Tech, Estados Unidos, matando, pelo menos, 31 pessoas. A maioria das vítimas são estudantes.

O tiroteio começou pela manhã (7h15, hora local) num dormitório do campus que abriga 895 pessoas e continuou, duas horas mais tarde, num edifício de engenharia. Segundo as autoridades da universidade, citadas pela CBS, um estudante foi morto no dormitório e outros foram mortos nas salas de aula. Até ao início da noite em Portugal, o balanço oficial indicava cerca de 21 feridos.

De acordo com o “site” da instituição, a universidade vai convocar uma reunião para esta terça-feira, com o objectivo de reunir a comunidade universitária para que todos comecem a “lidar com a tragédia”.

O atirador ainda não foi identificado, pois não tinha documentos consigo. Algumas testemunhas dizem ser de origem asiática. Segundo as autoridades americanas, duas armas estavam perto do suspeito. Ainda não se sabe se o ataque foi feito por uma ou mais pessoas.

Depois do tiroteio, todas as saídas da universidade foram bloqueadas e os alunos foram obrigados a permanecer nos quartos, longe das janelas. O FBI e a polícia estão a investigar o banho de sangue. O porta-voz do FBI referiu que não se evidencia de imediato que possa ter sido um ataque terrorista, mas todos os caminhos serão investigados.

Um dos piores tiroteios de sempre nos EUA

O tiroteio na Universidade Virgínia Tech aconteceu depois da universidade ter recebido um alarme falso de ameaça de bomba, nos dias 1 e 13 deste mês. A polícia não sabe, no entanto, se os dois casos estão relacionados.

Com pelo menos 31 mortos, o incidente fica marcado como um dos tiroteios mais fatais da história americana. Em 1996, 16 pessoas foram mortas na Universidade do Texas, em Austin, pelo atirador Charles Withman, que foi morto pela polícia. Em 1999, dois adolescentes mataram 12 colegas e professora, antes de cometerem suicídio, no liceu de Columbine, no Colorado.