O Conservatório de Música do Porto preparou um conjunto de iniciativas para festejar o nonagésimo ano de existência. A partir desta sexta-feira e até ao final do ano, vão ser realizados concertos, palestras e “workshops” com a participação de alunos e encarregados de educação, para além de músicos portugueses e estrangeiros. Criado a 1 de Julho de 1917, foi inaugurado a 9 de Dezembro do mesmo ano.
Na apresentação das comemorações, a direcção da instituição frisou que se trata de publicitar o trabalho de muitas décadas do Conservatório. “Esta escola é um dos expoentes do ensino especializado da música no país. Temos um rol de antigos alunos a trabalhar no país e no estrangeiro que nos honra e que pesa na nossa história”, salientou ao JPN, Isabel Rocha, vice-presidente do Conservatório.
Entre as iniciativas com maior significado contam-se a publicação de uma monografia sobre a instituição, a promoção de um grande encontro entre antigos alunos e docentes e a tentativa de reatar uma ligação antiga com o Ateneu Comercial do Porto.
Aos alunos está reservado um papel de destaque nas comemorações. No final do ano, os coros do Conservatório vão apresentar-se com a Orquestra do Norte. Do mesmo modo, o vencedor do Concurso Interno da instituição será solista num concerto com a Orquestra Nacional do Porto. Está ainda prevista a apresentação do estúdio de ópera numa opereta de Offenbach adaptada por Eurico Carrapatoso, “As Madames do Bolhão”.
Na apresentação foi também feito o anúncio oficial da criação da Associação de Amigos do Conservatório de Música do Porto. A vice-presidente do Conservatório, Isabel Rocha, destacou a importância do novo orgão na angariação de patrocínios e mecenato.
Novas instalações em 2008
A mudança de instalações do Conservatório para a Escola Rodrigues de Freitas, ao abrigo do programa de requalificação da Parque Escolar, está prevista para Setembro de 2008. O presidente da comissão executiva do Conservatório do Porto, Moreira Jorge, espera que as melhores condições do novo espaço permitam elevar ainda mais a qualidade do ensino do Conservatório.
“Tudo quanto foi produzido e trabalhado com qualidade foi feito nas condições precárias que temos”, sublinhou Moreira Jorge, ao recordar a falta de condições do actual edifício, um palacete cedido pela Camara do Porto.