Filho de Nuno Portas, reputado arquitecto, e da jornalista e escritora Helena Sacadura Cabral, e irmão de Miguel Portas, do Bloco de Esquerda, Paulo Sacadura Cabral Portas completa 45 anos no próximo dia 12 de Setembro.
Licenciado em Direito pela Universidade Catalólica de Lisboa, o percurso de Portas começou na escrita. Em 1988, juntamente com Miguel Esteves Cardoso, fundou “O Independente”, um semanário “liberal” que veio revolucionar o jornalismo. Seis anos depois, abandonou a direcção do semanário para se candidatar a deputado pelo círculo do Aveiro nas listas do CDS, ganhando protagonismo e influência que contribuíram para a mudança de política, e mesmo de ideologia, daquele partido.
Da conquista do CDS até ao Governo
Em 1998, incompatibilizado com o então presidente do partido, Manuel Monteiro, Portas chega à liderança democrata-cristã, depois de derrotar Maria José Nogueira Pinto no Congresso de Braga.
Apoiado num discurso classificado por muitos de “popular”, Paulo Portas disputa as primeiras eleições legislativas dois anos depois, onde o CDS-PP recupera força, atingindo 8,4% dos votos, elegendo 15 deputados para a Assembleia da República.
Um ano depois de ter concorrido à Câmara de Lisboa, Paulo Portas chega pela primeira vez ao Governo. O CDS-PP obtém o melhor resultado da sua história com 8,75% dos votos e estabelece com o PSD um acordo de coligação que permite a constituição do XV Governo. Paulo Portas ocupa a pasta de ministro de Estado e da Defesa Nacional.
Em 2004, o Presidente da República, Jorge Sampaio, decide dissolver a Assembleia da República e convoca novas eleições. Na sequência do incumprimento das metas definidas para as eleições de 2005 – obter 10% dos votos -, Paulo Portas demite-se do partido. Agora, está de volta.