Mais uma jornada cumprida, mais um obstáculo ultrapassado, menos uma oportunidade para os rivais ameaçarem. A vitória sobre o Belenenses, aquele que era considerado o adversário mais complicado até ao fim do campeonato, colocou o FC Porto a nove pontos de conquistar o título. Embora Jesualdo Ferreira tente a todo o custo evitar euforias, no Dragão sente-se cada vez mais o cheiro a campeão.
Se na liderança se respira confiança, atrás mantém-se a esperança, porque a matemática ainda deixa sonhar. Com sete vitórias consecutivas, oito golos marcados em dois jogos – os “leões” voltaram a dar “chapa quatro”, desta vez à Naval – e a melhor defesa do campeonato, o Sporting também não dá tréguas e promete luta até ao fim. Até porque o rival Benfica está apenas a um ponto e o segundo lugar é para segurar, no caso de não ser possível chegar ao primeiro.
Uma prioridade que é também dos encarnados. A vitória sobre o Marítimo, a primeira do mês, trouxe algum alívio para os lados da Luz, ainda que as equações do título sejam estejam mais difíceis, à medida que o campeonato caminha para o final. As atenções estão agora viradas o “derby” com o Sporting, daqui por uma semana, naquela que é a grande – talvez a derradeira – oportunidade para o Benfica subir à vice-liderança.
Paços de Ferreira na rota europeia
Em Paços de Ferreira, as portas estão abertas para a Europa. A equipa com o orçamento mais baixo da Liga, e que ostenta o estatuto de sensação da prova, conquistou um importante triunfo na Vila das Aves e está à beira de garantir a primeira presença em provas internacionais. O sexto lugar na Liga está cada vez mais ao alcance dos pacences que no próximo domingo, frente à União de Leiria, sétima classificada, podem garantir praticamente o bilhete para a Taça UEFA.
Os leirienses ainda têm legítimas aspirações de sonhar com a UEFA, ao derrotarem o Nacional, com o novo técnico Jokanovic. Uma estreia pouco feliz, dado que os madeirenses hipotecaram quase todas as hípóteses de conseguir repetir a presença na Taça UEFA.
Logo acima, a luta pelo quarto lugar entre Braga e Belenenses pouco evoluiu nesta jornada. Os bracarenses não foram além de um empate com o “aflito” Setúbal, não aproveitando da melhor forma a derrota dos lisboetas. Três pontos separam agora as duas equipas que, na penúltima jornada, se defrontam no Minho, numa partida que será decisiva para a atribuição do título de “quarto grande” desta época.
Estrela e Académica respiram melhor
Como disse o treinador Daúto Faquirá, só uma catástrofe pode impedir a manutenção do Estrela da Amadora. A vitória sobre um Boavista em queda livre na tabela permitiu aos amadorenses aumentar para nove pontos a distância da linha de água e a permanência está quase garantida.
Embora ainda longe de estar tranquilada a Académica, alcançou uma importante vitória no terreno do Beira Mar. Os “estudantes” têm-se dado bem com os ares fora de Coimbra, somando os pontos que não têm conseguido em casa e que têm permitido manter-se acima da “zona vermelha” da tabela.
Desportivo das Aves e Beira Mar parecem incapazes de sair dos últimos lugares, já que não conseguiram dar sequência aos triunfos da ronda anterior e voltaram a perder. Derrotas que significam um passo atrás na luta cada vez mais suicida pela permanência, sobretudo após o ponto arrancado em Braga pelo Setúbal.