A 30 horas do começo da Queima das Fitas do Porto, eram dados os últimos passos na preparação do recinto.

Quem entra no “Queimódromo” um dia antes do início da Queima das Fitas do Porto ouve o martelar e vê a azafama para que seja possível que tudo esteja acabado antes das zero horas de domingo. O cheiro a tinta fresca inunda o ar e o palco que vai acolher os concertos recebe os últimos retoques para que tudo esteja pronto para a actuação das bandas.

Pedro Viana, da organização, afirmava, sexta-feira de manhã, ao JPN que “faltam meia dúzia de barracas e uns pormenores no palco”. “Genericamente está quase tudo pronto”. Os estudantes que estão a preparar todo o cenário do “Queimódromo” movem-se de uma lado para o outro no Parque da Cidade.

De acordo com Pedro Viana, “vai haver novidades em relação à restauração”. O recinto recebeu obras e o ano de 2007 conta com saneamento, rede de água, electricidade que passará por debaixo da terra, ou seja, “mais condições para receber a Queima”.

As casas de banho são todos os anos um aspecto referido pelos participantes. Durante esta semana, Pedro Viana promete que “sejam mais vezes limpas” até porque “têm melhor saneamento”.

Acerca das críticas que têm sido feitas pelos estudantes à programação musical, Pedro Viana destaca que “o cartaz é mais português, é dado mais valor às bandas portuguesas”. E acrescenta que, apesar das queixas, os estudantes vão continuar a ir à Queima e às barracas.

“A FAP tem algumas falhas”

A meteorologia era uma das preocupações dos estudantes na construção das barraquinhas, mas Liliana, da Faculdade de Ciências, afirmou ao JPN que “o tempo ajudou”. No caso dela, metade da barraca foi construída num armazém e a outra no recinto. Já Tiago Vale, da Escola Superior de Enfermagem de D. Ana Guedes, diz que, “entre muita tinta na mão e pouca tinta na chapa, está a ser atribulado”. Mas adianta que para “além de não saber pintar, montar e pregar, está a correr bem”.

Sobre as alterações do recinto, Liliana considera que “ainda não dá para ver muito bem”, mas julga que “não houve mudanças” e que “está igual ao ano passado”. Tiago tem uma opinião diferente: “O recinto está melhor”. “Mas a FAP tem algumas falhas a nível de igualdade e imparcialidade”, ressalva.

As maiores dificuldades residem na questão monetária. Liliana afirma que não gastaram muito dinheiro. Os pais forneceram as “madeiras, tintas” e restante material. A aluna espera que “toda a gente se divirta imenso e tudo corra bem”.