Estão escolhidos os primeiros representantes da Associação Académica da Universidade de Lisboa (AAUL), o novo órgão que se propõe “defender os interesses dos estudantes” da academia. A Lista A, da Faculdade de Direito, foi eleita com 344 votos, num total de 1.228 estudantes que participaram no acto eleitoral, que decorreu entre terça e quarta-feira. Era a única lista nas primeiras eleições da AAUL.
Desde há quatro anos que dirigentes das diversas associações de estudantes da Universidade de Lisboa (UL) estudavam a criação de uma nova estrutura representativa, o que só veio a acontecer em Março deste ano, altura em que foram marcadas eleições para escolher os primeiros órgãos sociais.
“O objectivo principal é unir os estudantes nos seus interesses comuns e constituir um interlocutor junto dos governos e dos parceiros sociais”, revela ao JPN André Pardal, eleito presidente da Direcção Geral da AAUL.
Contudo, a formação deste organismo não gera consenso nas oito faculdades da UL – a Associação de Estudantes de Psicologia e de Letras, por exemplo, não aderiram. Ainda assim, o responsável máximo pela AAUL acredita que as associações de estudantes que, “por opções políticas legítimas” não estão de acordo com a nova estrutura, a venham a integrar “a curto prazo”.
Relações “muito produtivas” com a Associação Académica
André Pardal considera ainda que “não há conflito de interesses” entre a AAUL e Associação Académica de Lisboa (AAL), a federação que congrega as associações de estudantes do ensino superior público, politécnico e privado de Lisboa e que tem actualmente assento no Senado da Universidade.
“A Associação Académica de Lisboa representa 150 mil estudantes e o nosso objectivo é representar unicamente a universidade, os interesses dos estudantes e adequar às instituições a representação estudantil”, explica o presidente da AAUL, que promete ainda que as relações entre as duas entidades “vão ser muito produtivas”.
O responsável rejeita ainda a ideia de que a UL tem perdido protagonismo para outras universidades do país. “Temos 20 mil estudantes, escolas de ponta em várias áreas e vai continuar a procurar ser vanguardista”, sustenta André Pardal, que acrescenta que “o facto de haver uma nova estrutura só vai fomentar ainda mais a união entre os estudantes”.