Desde Julho de 2006 que o Jardim Botânico do Porto passava por um período de obras de recuperação das infra-estruturas. A requalificação do local comtemplou o melhoramento de caminhos e restauração de equipamentos como lagos, pérgolas e bancos. Novas redes de rega, drenagem e electricidade foram igualmente instaladas.

Viabilizada por fundos comunitários através do programa “ON” da Comissão da Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte, a renovação contou ainda com o apoio da Universidade do Porto (UP) e do Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior

A partir deste sábado, o Jardim Botânico reabre ao público. A assinalar a ocasião, vai ter lugar uma sessão de abertura presidida pelo reitor da UP, José Marques dos Santos, e pelo director da Faculdade de Ciências, Baltazar de Castro. O evento está marcado para as 17h30 no próprio jardim.

A renovação do espaço verde era uma necessidade. Ao JPN, Teresa Andresen, docente da Universidade do Porto (UP) e responsável pelo projecto de requalificação, revelou que desde os anos 70 que os investimentos de manutenção eram cada vez menores. “A rede de rega já estava muito deteriorada, havia áreas do jardim em que os pavimentos nunca tinham tido acabamento”, sublinhou.

O Jardim Botânico, situado na antiga Quinta do Campo Alegre, foi comprado pelo Estado em 1951. Na altura, a quinta já estava abandonada, tendo sido alvo de diversas obras de infra-estrutura realizadas pela UP que tranformaram uma quinta de recreio no actual Jardim Botânico do Porto.

A recuperação de um local antigo, repleto de espécies raras e exóticas, implica sempre alguns cuidados. “Um jardim histórico é sempre uma surpresa. Não podemos adivinhar onde é que anda uma rede de rega de que ninguém já tem memória”, lembra Teresa Andresen.

Segunda fase cheia de incógnitas

A segunda fase de recuperação do projecto ainda não tem data para começar. Estão previstas a reabilitação das estufas do jardim, a colocação de barreiras acústicas para combater o ruido proveniente da auto-estrada e a qualificação da colecção de plantas.

Teresa Andresen diz a nova fase só avança “quando houver recursos financeiros para as barreiras acústicas, e uma ideia e financiamento para as estufas”. “Não são soluções de resposta imediata”, argumenta.

Em relação à colecção de plantas do Jardim Botânico do Porto, e apesar de grande parte estar catalogada, há o interesse de “homogeneizar toda a catalogação”.