À sétima noite de Queima foi a vez dos D’ZRT e dos brasileiros Papas da Língua tomarem conta do palco do Queimódromo. De facto, foi isso mesmo que aconteceu.

A abertura coube à banda originária da série “Morangos com Açúcar”. Na assistência, um público dos “8 aos 80” aguardava ansiosamente a prestação de Paulo Vintém, Angélico, Cifrão e Edmundo.

Os D’ZRT não decepcionaram. A assistência que lotava o espaço vibrou com os temas da banda, desde o sucesso “Para mim tanto me faz” até “Já passou”, do novo álbum “Original”.

A interacção com público foi constante, quer através de incentivos aos gritos da assistência quer pela convocação de alguns estudantes ao palco para “actuarem” com a banda.

Em conferência de imprensa, os D’ZRT consideraram ter agarrado o público da Queima. “Ficaram até ao fim”, salientaram. Sobre o público do Porto, a banda pensa que, apesar de ser mais exigente, é também “mais quente e participativo” nos concertos. “Estávamos um bocadinho apreensivos quando entrámos, mas as coisas foram acontecendo naturalmente”, notaram.

Os Papas da Língua chegaram ao palco do Queimódromo com mais de uma década de actividade. Pouco conhecidos do público português, a maioria dos que assistiram ao concerto podia até não saber quase nenhum tema, mas a verdade é que se rendeu à banda de Porto Alegre.

Com o recinto repleto, os Papas da Língua conseguiram conquistar os estudantes que, a certa altura, estavam ao rubro com a performance do grupo. Temas como o mais conhecido “Eu sei” até “Blusinha branca” ou “Um dia de sol” ajudaram a criar uma enorme empatia entre o palco e a plateia.

Já na recta final do concerto, regressaram ao palco com convidados especiais, Os Anjos. Sérgio e Nelson acompanharam a banda na repetição do sucesso “Eu sei”.

Ao JPN, Léo Henkin, guitarrista dos Papas da Língua confessou que o grupo não esperava ter tanta receptividade, e que as pessoas cantassem as músicas. “Superou as nossas expectativas totalmente”, sublinhou.

O guitarrista não deixou de frisar que foi importante chegar a Portugal “com uma experiência, com uma maturidade e uma discografia de cinco álbuns”. O desejo é que “as pessoas conheçam cada vez mais os Papas da Língua”, referiu.

Na realidade, o grupo já havia estado em Lisboa há dois anos. Como recorda Léo Henkin, “foi uma primeira apresentação, um show para muito pouca gente”. “Agora foi uma estreia com toda a pompa”, ressalta.