A passagem dos D’ZRT pela Queima das Fitas do Porto, depois de um concerto em que lotou por completo o recinto do palco, terminou de forma menos feliz.

O público com limitações ou portador de deficiência não foi autorizado a assistir ao concerto no fosso do palco, numa posição mais frontal. Em vez disso, tiveram que ficar numa posição mais afastada, na lateral do palco, com visibilidade reduzida.

Mais tarde, já na conferência de imprensa, as diversas crianças que ali acorreram para ver os seus ídolos não foram autorizadas a permanecer e saíram mesmo antes da chegada dos D’ZRT. Um elemento da organização da banda considerou estar demasiada gente no espaço.

O caso causou indignação na imprensa presente na conferência da banda. Um jornalista afirmou que nunca tinha visto tal acontecer na Queima das Fitas. Disse-se “ofendido” com a situação e pediu explicações ao grupo pelo sucedido. A postura foi seguida pelos demais elementos da comunicação social.

Do lado dos D’ZRT, foi garantido que em “300 concertos isto nunca tinha acontecido”. A banda afirmou que foi apanhada de surpresa e que não tinha tido conhecimento do caso. “Nós damos imenso valor e importância a essas pessoas que gostam também de nós e que também nos querem ver”, argumentaram.

Na procura de explicações, a banda nascida na telenovela “Morangos com Açúcar” levantou a hipótese de a Federação Académica do Porto (FAP) ser a origem de tantas precauções. No entanto, segundo a imprensa presente, a FAP havia recebido ordens da organização da banda.

Os D’ZRT disseram não saber quem fez isto. “Achamos muito estranho ter sido alguém da nossa equipa”, explicaram.

“Querem acusar-nos, prender-nos numa cruz? Façam-no. Mais do que isto não podemos fazer. Nós ainda estamos pior do que vocês porque acontece num concerto nosso”, remataram.