Na última noite da Queima das Fitas, nem a chuva impediu que milhares de pessoas se deslocassem ao Queimódromo para assistir aos espectáculos dos Xutos e dos Oioai. A causa de tanta afluência foi, obviamente, o concerto dos Xutos & Pontapés, que todos os anos angariam público que ultrapassa o âmbito estudantil.

Pouco passava da meia-noite de domingo quando se ouviu as primeiras notas de “Esquadrão da morte”, que levou ao rubro a multidão que esperava ansiosamente pelo grupo liderado por Tim. O vocalista do maior grupo de rock nacional avisou de início que “o concerto ia ser longo porque o público merecia”.

Durante quase duas horas e meia, os Xutos interpretaram mais de duas dezenas de temas, e depois de um longo período em que a banda cantou músicas que o público não conhecia, e quando já se notava a ansiedade dos fãs para uma sonoridade mais conhecida, veio a tão esperada e clássica “Pra ti Maria”.

Antes dos Xutos, os Oioai tinham subido ao palco do Queimódromo. O concerto que começou com meia hora de atraso contou com a presença de “grupo de miúdos que acha que a música é para emocionar as pessoas”, referiram na conferência logo após o concerto.

A banda, onde milita Fred, filho do baterista Kalu dos Xutos, garante “que nos três últimos dias” tocaram “para mais público do que nos últimos dois anos” e “que no futuro pretendem criar músicas novas e surpreender o público”, referiu João Cão, guitarrista da banda.