O Sevilha imitou o êxito do Real Madrid dos anos 80 e conquistou a Taça UEFA pelo segundo ano consecutivo. Depois de na época passada terem goleado os ingleses do Middlesbrough, os andaluzes venceram desta vez o Espanyol de Barcelona após a marcação das grandes penalidades, no Hampden Park, em Glasgow.

O guarda-redes Andrés Palop acabou por ser o herói de Sevilha após ter defendido três penáltis e ter dado início à jogada que deu origem ao primeiro golo andaluz. Aliás, foi ele quem marcou o tento decisivo que eliminou os ucranianos do Shaktar Donetsk nos oitavos-de-final da prova.

Num jogo em que esteve longe de ser brilhante, o Sevilha acabou por levar a melhor sobre o Espanyol, a grande sensação da prova, que vê, tal como na final de 1980, o troféu fugir-lhe na lotaria dos penáltis.

A primeira parte foi bastante dividida e jogada sempre muito perto das duas balizas, quase sem passar pelo meio-campo. Sem que tivessem sido muitas vezes chamados a intervir, os guarda-redes das duas equipas estiveram longe de ter uma noite sossegada.

Contudo, foi o Sevilha, sem o português Duda, a entrar mais forte e a adiantar-se no marcador aos 18 minutos, numa jogada que começou num lançamento de Palop para Adriano que, depois de passar por dois adversários, chutou cruzado, não dando quaisquer hipóteses a Gorka.

À desvantagem, o Espanyol respondeu da melhor forma, contrariando a pressão inicial dos andaluzes. Com o jogo equilibrado e mais perto da área contrário, os catalães chegaram ao empate à entrada para a meia-hora de jogo, por intermédio de Riera num remate forte que ainda desviou em Daniel Alves, traindo Palop. Um empate que se justificava e que se manteve inalterado até ao final do tempo regulamentar.

Jônatas adiou o sonho andaluz, Palop tornou-o realidade

Na segunda metade, o minuto 68 acabaria por se revelar determinante na partida, altura em que os catalães ficaram reduzidos a dez unidades. Até aí era o Espanyol que controlava e que parecia mais perto do segundo golo, mas com a expulsão de Moisés o jogo transfigurou-se.

O Sevilha instalou-se no meio-campo contrário e passou ao ataque à baliza de Gorka. Os catalães, por seu turno, resistiam e com o passar do tempo começaram a apostar na ida ao prolongamento.

A verdade é que conseguiram, sem, no entanto, conseguir opor-se à toada ofensiva do adversário, que viria a dar resultados no último minuto da primeira parte do prolongamento, quando o avançado Kanouté fez o 2-1.

A (re)conquista da Taça UEFA estava mais próxima, mas quando já quase ninguém acreditava o brasileiro Jônatas restabeleceu a igualdade, desfeita nos penáltis pelo “herói Palop”. A Taça UEFA é novamente do Sevilha e pela terceira vez em cinco anos tem um dono espanhol.