A Sociedade de Transportes Colectivos do Porto (STCP) desmente a notícia adiantada esta quinta-feira pelo “Jornal de Notícias” (JN), em relação ao prejuízo de 25,6 milhões de euros e ao alegado encerramento de actividade da empresa.

“A administração condena o tom alarmista do texto, designadamente do título que realça o alegado ‘risco de encerramento’ da empresa, admitindo que os destaques dados nesta notícia resultem apenas de uma pesquisa insuficiente”, lê-se num comunicado da administração da STCP.

Relativamente ao facto da continuidade da sociedade de transportes poder “estar dependente, respectivamente, do desfecho favorável do processo judicial que lhe foi movido pelo Município do Porto”, conforme é dito no Relatório de Contas, Paulo Sá, vogal da administração da STCP, sublinha ao JPN que já não é uma situação nova. Explica que foi referida no relatório por “prudência” e que a questão do encerramento não se coloca.

Quanto à questão dos apoios do Estado, Paulo Sá confirma que as “indemnizações compensatórias são insuficientes”, mas lembra que a situação já se verificou em anos anteriores. E diz que em termos de empréstimos não tem razão de queixa do Estado.

Paulo Sá diz ainda que se a contratualização do serviço público se confirmasse seria favorável à empresa, mas que a STCP está preparada para qualquer decisão.

“A administração condena também e repudia, por falsas, as afirmações feitas na parte final da mesma notícia sobre os alegados aumentos das ‘remunerações dos cinco administradores’ que teriam ocorrido ‘apesar das dificuldades'”, acrescenta ainda o comunicado.

“Um aproveitamento infeliz dos dados do relatório de contas” é o comentário que Paulo Sá faz relativamente à questão referida na notícia do JN. “As remunerações dos órgãos de administração estão fixas desde 2002″, acrescenta.

Segundo o vogal do vogal da administração, a STCP vai ultrapassar a crise e está preparada para sofrer as alterações que se mostrem necessárias para servir a população da Área Metropolitana do Porto.