“Queremos que o Porto venha a ter um nível de emissões per capita igual ou inferior a 3,5 toneladas de CO2 por ano”. O objectivo foi enunciado, esta terça-feira, pelo presidente do conselho de administração da Agência de Energia do Porto (AdEPorto), Eduardo Oliveira Fernandes. Diminuir o nível de emissões de CO2 é a grande meta a alcançar, a médio-prazo, pela AdE.

Para o efeito, deverá haver um aumento do uso de energias renováveis, uma diminuição da dependência dos combustíveis fósseis, um envolvimento dos munícipes e de instituições similares.

A AdE pretende contribuir para uma utilização da energia mais racional e fomentar a eficácia energética. Atitudes que se traduzem em benefícios ambientais e mais qualidade de vida. Em conferência de imprensa, Oliveira Fernandes sustentou que a AdEPorto tem a vantagem de poder tirar partido das suas congéneres europeias para “melhor definir o seu perfil”.

Para o vice-presidente da câmara do Porto, Álvaro Castello-Branco, a criação da AdE “foi um passo fundamental para a política de ambiente da cidade do Porto e para o futuro das questões ambientais na cidade”. O autarca admite que “estão criadas todas as condições para que a AdE seja um sucesso”.

A autarquia portuense, em parceria com a AdE, vai ter particular atenção no licenciamento de edifícios energeticamente qualificados; na reabilitação urbana, será considerado o bom desempenho energético-ambiental dos edifícios. A racionalização da iluminação pública e a instalação de sistemas de energia renováveis são outras áreas de intervenção.

A apresentação pública do programa para os próximos três anos da AdE vai acontecer a 29 de Maio, Dia Nacional de Energia. Para essa data, estão previstas iniciativas de sensibilização para as questões energéticas.

Mais de metade da energia é consumida no edificado

A Câmara do Porto encomendou à AdE a matriz energética da cidade do Porto para “saber exactamente quanto, como e onde se gasta energia”. Os resultados vão ser também apresentados a 29 de Maio, mas Álvaro Castello-Branco avançou que, na cidade do Porto, 65% da energia é consumida no edificado e 25% nos transportes.