Depois de na semana passada, Carmona Rodrigues ter anunciado que não se candidataria, o ex-presidente da Câmara de Lisboa decidiu, esta quarta-feira, avançar com a candidatura e garantiu que pretende manter-se como vereador caso não ganhe a presidência da autarquia.

Na base da decisão está o adiamento da data das eleições para 15 de Julho, facto que permitiu ao ex-autarca recolher apoios para uma “candidatura credível”. “A partir do momento em que o prazo foi alargado, houve tempo para reflectir, ponderar”, disse. A decisão, afirmou Carmona, “foi de consciência sobre a cidade”.

A candidatura de Carmona Rodrigues às eleições intercalares é uma “candidatura de continuidade”. Caso seja eleito, o ex-autarca vai dar continuidade aos projectos apresentados 2005, aquando das eleições autárquicas. “Vou dar continuidade àquilo em que me empenhei”, sublinhou.

Carmona Rodrigues não revelou os nomes da lista e o mandatário que vai apresentar, referindo que são “nomes com experiência e credíveis na sociedade”.

Sobre o negócio com a empresa Bragaparques, do qual o ex-autarca é arguido, Carmona indicou estar de “consciência perfeitamente tranquila” e acrescentou que está “à espera que as questões sejam resolvidas”.

O ex-presidente da Câmara de Lisboa declarou que vai realizar “uma campanha minimalista e de contenção de gastos” e que vai seleccionar os apoios que deseja para a candidatura.

“Estou convicto, porque sinto um apoio muito grande”, afirmou. E acrescentou que confia “que o resultado possa ser muito bom”.

Fontão de Carvalho, Gabriela Seara, o ex-vereador Pedro Feist, o presidente do Automóvel Clube de Portugal Carlos Barbosa e Simone de Oliveira estiveram presentes para apoiar a candidatura independente de Carmona Rodrigues.