A Feira do Livro do Porto abriu esta quinta-feira e vai prolongar-se até 10 de Junho. Com 101 stands, a feira decorre, este ano, pela última vez no Pavilhão Rosa Mota.
Apesar da chuva ao final da tarde, Manuel Ribeiro, secretário da Feira do Livro, garante que o primeiro dia da feira foi uma “enchente”. “Queremos que a feira seja um acto de festa popular que abranja todos os públicos, porque os públicos específicos, muito habituados à cultura, preferem as livrarias”, diz.
Por isso, o evento oferece um programa cultural diversificado. No espaço do Café Literário, a imprensa, o futebol ou o teatro no Porto são os temas sujeitos a debate. Há ainda lugar para as homenagens ao escritor transmontano Miguel Torga e ao músico Zeca Afonso. No dia 31, o escritor Mário Cláudio vai ser condecorado pelo governo francês.
Vasco Graça Moura, escritor, tradutor e poeta natural do Porto, e Papiniano Carlos, autor portuense de livros infantis, vão estar em destaque nesta 77ª edição da Feira do Livro do Porto.
Para além de uma programação especial prevista para o Dia Mundial da Criança (dia em que, excepcionalmente, a Feira vai estar aberta das 10h à meia-noite), a feira inclui ainda uma “Tarde Mirandesa”, no dia 3 de Junho.
Estão ainda a ser preparadas mais algumas novidades “que são surpresa, porque terão grande impacto”, afirma Manuel Ribeiro. O secretário avançou ao JPN que o guarda-redes Vítor Baía poderá estar presente na Feira do Livro.
A Feira do Livro apresenta ainda novos espaços culturais. Foi criado o Ponto de Encontro, um espaço de lazer onde vão decorrer apresentações de livros e sessões de autógrafos. Com um cariz menos informal, o auditório situa-se a meio dos dois núcleos da exposição. Há ainda um café “na zona nobre do espaço”. Este ano, o Café Literário tem “outras condições de conforto e comodidade” para melhor receber os visitantes.
“Gutenberg no Cartoon Internacional” e “Os Livros Proibidos no Tempo do Salazar” são as duas exposições organizadas pelo Museu Nacional de Imprensa patentes no recinto da Feira. De acordo com Manuel Ribeiro, a mostra de livros e documentos censurados é já uma das “áreas mais visitadas da Feira”.
Com novos espaços culturais e uma programação diversificada, a organização espera triplicar o número de visitantes da edição anterior, que está na ordem dos 250 a 300 mil visitantes.
Concertos na Concha Acústica do Palácio de Cristal, uma Biblioteca Infantil e visitas guiadas para conhecer as editoras, as livrarias e os alfarrabistas são outras das actividades promovidas pela Feira do Livro do Porto.