A Selecção Nacional venceu, este sábado, a congénere belga por 2-1 e deu mais um passo importante rumo ao Europeu do próximo ano. Um golo de Nani e outro de Hélder Postiga construíram um triunfo justo da equipa das quinas que assim não deixou fugir o pelotão da frente, uma vez que a Polónia e a Sérvia venceram os seus jogos.

Ao Estádio Rei Balduíno subiu uma equipa muito diferente daquela que se apresentou no último jogo com a Sérvia. As ausências de Ricardo Carvalho, Simão e de Cristiano Ronaldo obrigaram Luiz Felipe Scolari a substituí-los por Fernando Meira, Quaresma e Nani. Deco, que falhou os dois últimos compromissos, também saltou para a titularidade.

Magia foi, portanto, algo que não faltou ao jogo português. Aliás, foi essa mesma magia, com irreverência à mistura, que explica a entrada a todo gás da Selecção, materializada num domínio total e avassalador que não deixou os belgas respirar. Aos 10 minutos já se registavam três boas oportunidades para o lado português contra uma Bélgica atordoada que não conseguia fazer mais do que defender.

Era o momento ideal para chegar ao golo, mas a verdade é que o carrossel português perdeu gás muito depressa. A Bélgica conseguiu equilibrar e começou a ser capaz de chegar com perigo à baliza de Ricardo. O avançado Émile Mepenza, o melhor dos belgas, foi um autêntico quebra-cabeças para a defesa portuguesa numa noite estranhamente insegura.

Só que lá na frente, Quaresma, Postiga e Nani eram setas sempre bem apontadas para a baliza de Stijnen. A um quarto de hora do fim, o extremo do FC Porto esteve muito perto de inaugurar o marcador, após um excelente passe de Deco. Foi o sinal para o que viria a seguir: após um bom trabalho de Postiga à entrada da área, Nani, descaído para a esquerda, entra na área e atira forte para o primeiro da partida.

Postiga resolveu à bomba

Um golo em cima do intervalo que obrigou a Bélgica a reagir apenas na segunda parte. Sterchele deu o primeiro aviso e, pouco depois, um cruzamento vindo do lado direito foi ter com a cabeça de Fellaini que, sem marcação, restabeleceu a igualdade, numa altura em que a defesa portuguesa se reorganizava com a entrada de Bosingwa para o lugar do lesionado Miguel.

Portugal respondeu logo a seguir por intermédio num remate de Tiago que Stijnen, mas revelava algumas dificuldades em jogar o seu futebol rendilhado, dado que os belgas passaram a ocupar bem os espaços, ao contrário do que aconteceu na primeira parte.

Sentia-se, cada vez mais, que o golo só podia surgir numa jogada individual. A esperança estava depositada em Quaresma, Nani ou Deco, mas foi Postiga quem tirou um coelho da cartola, ou melhor, uma bomba. A mais de 25 metros da baliza, o avançado portista disparou para o fundo das redes de Stjinen e colocou os portugueses novamente em vantagem. Um golaço do avançado do FC Porto que premiou aquela que foi uma das suas melhores exibições ao serviço da Selecção.

A vantagem galvanizou os portugueses que logo a seguir perderam duas excelentes ocasiões para sentenciar a partida. O terceiro não apareceu, Hugo Almedia ainda foi expulso, e os belgas reagiram sem, no entanto, grande perigo. Na Bélgica, a vitória falou português.