Uma equipa de investigadores do Departamento de Engenharia Química da Faculdade de de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC) está a desenvolver adesivos cirúrgicos que servirão como “substituto dos pontos”.

“Funciona como se fosse uma cola”, explica Helena Gil, a coordenadora do projecto, que realça ainda as funções do novo material: “Pode ser usado em operações cirúrgicas e ferimentos locais”. Os adesivos têm como objectivo “fechar o corte e evitar hemorragia”. “Temos a ideia de modificá-lo para vir a ser anti-inflamatório e absorvido pelo organismo”.

Os adesivos cirúrgicos são considerados materiais do futuro. Ainda vão demorar cerca de “quatro a cinco anos para chegarem ao mercado”, diz a investigadora. Quando forem comercializados, “os preços serão acessíveis” uma vez que os materiais “não são caros”.

Outra das vantagens dos adesivos cirúrgicos é assegurar o conforto do doente. Se os investigadores conseguirem que os materiais sejam absorvidos pelo organismo, o doente não precisará mais ir ao centro de saúde retirar os pontos.

Um projecto com 10 anos

A ideia de desenvolver adesivos cirúrgicos “surgiu há 10 anos”. Segundo Helena Gil, “o projecto ainda vai a meio”. “Já temos o material que agora está a ser testado em animais e as conclusões têm sido satisfatórias”, realça.

Como são materiais desenvolvidos para fins cirúrgicos e medicinais, é necessário “ter a certeza dos efeitos e funcionalidades do material”.