Julho e Agosto são “meses de ir para fora” da Casa da Música (CdM). Na praça exterior está a ser montado um anfiteatro que acolherá concertos de jazz, fado, músicas clássica e tradicional portuguesa e o resultado final de iniciativas realizadas no âmbito do Serviço Educativo da instituição portuense.

“Esperamos que seja um convite para o público entrar na CdM”, afirmou, esta segunda-feira, o director artístico, Pedro Burmester, na apresentação da programação de Julho a Setembro. “É a sala de Verão da CdM, com preços muito convidativos, dos 5 aos 8 euros”.

A praça é estreada a 7 de Julho, com um concerto jazz da Orquestra Nacional do Porto com Maria João e Mário Laginha. Nesse mesmo fim-de-semana, há mais motivos de interesse para os fãs do estilo: o quarteto Medeski, Scofield, Martin & Wood, no dia 6, e, no dia seguinte, João Salcedo e João Guimarães – “dois dos grandes novos valores do jazz em Portugal”, segundo Burmester.

Música portuguesa na praça

Também na praça, a primeira edição do festival de música tradicional Uma Casa Portuguesa (20 a 22 de Julho) contará com a música dos Marenostrum, Ronda dos Quatro Caminhos, Chuchurumel e a histórica Brigada Victor Jara, entre outros.

Em Agosto há apenas duas noites de concertos, com quatro fadistas, ambas na praça: Ricardo Parreiro e Ana Moura actuam no dia 11 e Raquel Tavares e Carlos do Carmo no dia seguinte.

Durante este trimestre, o Remix Ensemble e a Orquestra Nacional do Porto (ONP) apresentarão cinco obras em estreia mundial ou ibérica.

Menos pop-rock

Entre Julho e Setembro, a oferta de música pop-rock é pequena na Casa da Música. “Fazer poucas coisas mas bem feitas” é a nova linha de orientação, enunciou Pedro Burmester, porque “a CdM não deve ser concorrencial” com eventos como os festivais de Verão e outros espaços com programações fortes nesta área musical.

A única excepção é o “Clubbing” na noite de 7 de Julho, com o lendário DJ Gilles Peterson, Heritage Orchestra com José James e Rocky Marsiano.