São 180 quilómetros a pé para sublinhar o descontentamento relativamente ao novo Regime Jurídico das Instituições de Ensino Superior (RJIES). Cerca de 30 estudantes da Associação Académica de Coimbra estão envolvidos nesta caminhada de protesto, que começou esta segunda-feira de manhã e terminará sexta com a entrega na Assembleia da República do parecer do órgão estudantil sobre o RJIES.

A viagem, que será feita ao longo da Estrada Nacional 1, prevê várias paragens pelo caminho. Esta segunda, os estudantes encontraram-se com responsáveis da reitoria da Universidade de Coimbra.

Estão previstos encontros com presidentes de câmara, com o presidente do Conselho Coordenador dos Institutos Superiores Politécnicos e com os reitores das universidades de Lisboa e Técnica de Lisboa, diz o vice-presidente da AAC.

Segundo protesto contra o RJIES

A AAC critica a possibilidade de as universidades públicas serem geridas por fundações de direito privado. Diz ainda que o RJIES, aprovado na passada quinta-feira pelo Conselho de Ministros, afasta os estudantes dos órgãos de decisão das universidades.

Os estudantes de Coimbra consideram também errado o fim da eleição dos reitores e presidentes dos politécnicos, que passam a ser designados em vez de eleitos.

Este é o segundo protesto motivado pela aprovação do RJIES. Cerca de três dezenas de estudantes de Coimbra protestaram na passada quinta-feira frente à residência oficial do primeiro-ministro, José Sócrates.