O chefe de governo britânico reconheceu, esta segunda-feira, perante o primeiro-ministro português, José Sócrates, estar “à procura de uma solução diplomática, devido às dificuldades” provocadas pela presença do Zimbabué na cimeira União Europeia (UE)/África.
Durante a conferência de imprensa entre os dois governantes, em Londres, Sócrates sublinhou a necessidade da Europa manter um diálogo aberto com África. “Temos vários problemas diplomáticos que precisam de ser ultrapassados”, recordou. O primeiro-ministro lembrou, ainda, que a presidência portuguesa da UE está a a fazer “todos os possíveis” para resolver a situação.
“Durante os últimos sete anos, a Europa pagou caro o preço de não ter um diálogo institucional e regular com África”, afirmou Sócrates. Para o primeiro-ministro, a relação entre a UE e o Zimbabué deve ser diferenciada da relação que a Europa mantém com os países africanos.
Já em 2003 a cimeira UE/África não se realizou devido a problemas diplomáticos entre Londres e Harare, capital de Zimbabué. A violação dos direitos humanos no país africano levou a UE a adoptar sanções contra os dirigentes de Harare, impedidos de entrar na Europa. Há seis anos que o Zimbabué enfrenta uma grave crise económica.
A cimeira UE/África está agendada para 8 e 9 de Dezembro na capital portuguesa.