“Não há nenhuma razão extraordinária que me leve a não cumprir o meu mandato de presidente da Câmara do Porto até ao fim”. Rui Rio afirmou, esta quarta-feira, não ser candidato à liderança do PSD, que se vai disputar em eleições directas a marcar pelo Conselho Nacional do próximo sábado.

“A crise do PSD” não é a tal “razão extraordinária” que Rio precisa para avançar, justificou o autarca aos jornalistas. Segundo o “Público”, os sectores cavaquistas do partido deixaram de apoiar Marques Mendes e Rui Rio está entre os mais desejados. “É uma honra ter pessoas que telefonam e mandam faxes de apoio, mas nos pratos da balança é o povo do Porto que vale mais”, explicou.

“A tempo e horas decidi dizer as razões pelas quais entendo que não me devo candidatar”, acrescentou, explicando que com este anúncio de não candidatura não quis deixar crescer uma eventual vaga de apoio. Rio não quis declarar apoio a nenhum dos possíveis candidatos, nomeadamente José Aguiar-Branco, Marques Mendes ou Luís Filipe Menezes.

Rio defendeu ainda que seria prejudicial para o PSD abrir uma “pequena crise” na segunda autarquia do país, depois de ter perdido a câmara da capital para o PS. “O Porto é um contraponto de estabilidade”, referiu.