O número de mortos do maior acidente aéreo da história do Brasil pode ultrapassar os 200. Desde a noite do acidente, terça-feira, já foram confirmadas 183 mortos, mas o número deve ser maior, até porque viajavam 186 pessoas a bordo do Airbus A320 que fazia a ligação entre Porto Alegre e o Aeroporto de Congonhas, em São Paulo.

Os passageiros e a tripulação do avião dificilmente terão sobrevivido, porque a temperatura no interior dos destroços da Airbus A320 atingiu os 1.000 graus centígrados, disse o governador de São Paulo, José Serra.

Um português estava entre os passageiros do avião da TAM, disse à Lusa fonte da companhia aérea.

As causas do acidente serão investigadas por uma comissão de profissionais do sector. A caixa negra do avião será analisada na National Transportation Safety Board, nos Estados Unidos. A investigação pode durar até dez meses.

A hipótese de aquaplanagem foi rejeitada pelo superintendente da Infraero, empresa gestora do aeroporto. Armando Schneider afirmou que a pista estava “apenas molhada”, sem que se tenha criado a chamada “lâmina de água” necessária para a aquaplanagem.

O avião partiu de Porto Alegre às 17h16 (21h16 em Lisboa) e tentou aterrar em Congonhas às 18h40 (22h40 em Lisboa), mas derrapou e tentou levantar voo novamente. Acabou por atravessar uma avenida junto ao aeroporto e embater contra um posto de combustíveis e um prédio de três andares da TAM Express, empresa de cargas do grupo. O embate provocou um incêndio de grandes dimensões.