Durante o primeiro semestre deste ano, os três radares fixos de controlo de velocidade colocados na Via de Cintura Interna (VCI), no Porto, detectaram 212 mil infracções. Um número superior ao registado no mesmo período do ano anterior, “principalmente devido a um pico que existiu no mês de Março”, justificou à Lusa o director municipal da Via Pública, Alves da Silva.

Nos primeiros seis meses deste ano, os radares da VCI detectaram cada dia, em média, 1.177 infracções. As coimas são aplicadas a viaturas que circulem a velocidade superior a 90 quilómetros por hora e inferiores a 40. As multas variam entre os 120 e os 1.200 euros, de acordo com o tipo de contra-ordenação (simples, grave ou muito grave) e o tempo que o infractor demora a pagar.

Os radares foram instalados em 2002, ainda de forma experimental, e custaram cerca de meio milhão de euros à Câmara do Porto. Alves da Silva afirma que a entrada em funcionamento dos radares em 2003 “reduziu drasticamente a velocidade média de utilização da VCI, tendo diminuído em cerca de 80% o número de veículos acima dos 90 quilómetros por hora relativamente à época de testes anterior”.

Os dados do sistema mostram que 77% dos infractores circulam entre os 91 e os 100 quilómetros horários, 17% até aos 110 quilómetros por hora, 4 % circulam entre os 111 e 120 e 2% referem-se a condutores que ultrapassam os 120 km/h. De acordo com o director municipal da Via Pública, a velocidade mais alta até agora registada foi de 245 quilómetros horários.

Através do sistema foi ainda possível denotar que “o número de sinistros se reduziu na mesma proporção da diminuição de velocidade”, apesar de não existirem dados sobre a sinistralidade na zona.

O director referiu que está a ser estudada a possibilidade de se instalarem mais radares fixos no Porto, mas a prioridade vai para outros sistemas de controlo, como semáforos actuados por sensores de velocidade.