A Universidade do Porto (UP) foi a instituição pública mais procurada do país: 99,5% das vagas abertas foram preenchidas. Dos 24.046 alunos colocados no ensino superior público, a universidade conquistou 3.947.

Hoje, segunda-feira, primeiro dia de matrículas (terminam sexta-feira), a azáfama era visível nas faculdades de Letras e Direito da UP. “Quando entrei já estava à espera. Não foi uma grande ansiedade”, refere Ana Cláudia, 17 anos, que entrou para Direito.

“Já estava mais ou menos a contar, porque a minha média não era muito má e a média do curso também não era muito alta. Mas é sempre uma surpresa. Foi uma sensação de alívio”, conta a futura colega de curso, Diana Martins.

Direito foi a primeira opção para Ana e Diana – 53% dos colocados no ensino superior entraram no curso pretendido. Já David Almeida, 17 anos, gostava de ter entrado em Lisboa, mas acabou por ficar colocado em Direito na UP, a segunda opção.

Desemprego não assusta

Nem Bolonha, nem a situação do mercado de trabalho, assustam, pelo menos para já, os estudantes ouvidos pelo JPN. “Concorri para uma [universidade] pública, porque espero que em termos de saídas profissionais saia a ganhar. Mas não tenho certezas”, confessa Ana Cláudia.

Jorge Almeida, 18 anos, está mais preocupado com a entrada no curso de Literatura Moderna da UP . Foi apenas a sua quarta opção. Há já cincos anos que queria seguir jornalismo, mas o exame de Português não ajudou.

“Fiquei um bocado frustrado porque o que eu queria era mesmo jornalismo”, desabafa. Jorge espera agora “melhorar os conhecimentos no inglês e no alemão” para tentar entrar em jornalismo no próximo ano ou já na segunda fase de candidaturas, que hoje começou.