O presidente da Câmara do Porto afirmou hoje, quinta-feira, que a classificação do Porto como zona prioritária para criar a primeira “sala de chuto” em Portugal é a consequência lógica e esperada do fim do programa “Porto Feliz”, cujo financiamento foi suspenso pelo Governo em 15 de Novembro do ano passado. A “sala de chuto” vai servir apenas “para esconder os arrumadores”, referiu.

Em entrevista à Antena 1, ontem, o presidente do Instituto da Droga e Toxicodependência (IDT), João Goulão, defendeu que o Porto é a prioridade para a instalação de uma sala de consumo assistido de drogas. Já sobre Lisboa, Goulão disse ter “muitas dúvidas” sobre essa necessidade, já que as equipas de rua têm conseguido lidar com a população toxicodependente.

“Está a acontecer aquilo que eu disse que ia acontecer. Parece que estou a ver o presidente do IDT na sede do PS”, afirmou hoje Rui Rio, numa referência às declarações de João Goulão sobre o “Porto Feliz” na sede do PS/Porto, em Julho. “Está é a acontecer cedo de mais. Pensei que demoraria mais uns meses”.

O autarca reafirmou que o programa “resolveu o problema de muitos arrumadores” e disse que a situação na cidade “está a agravar-se”. “Vai para os mesmos patamares do que quando estava aqui o PS”, referiu.