“Já tínhamos a Estratégia de Lisboa e agora temos o Tratado de Lisboa”. A frase espelha o contentamento do primeiro-ministro português e presidente em exercício da União Europeia (UE), José Sócrates.
Hoje, sexta-feira, de madrugada, os líderes europeus chegaram a um consenso relativamente ao Tratado Reformador da UE, que será assinado a 13 de Dezembro. Só depois da assinatura do tratado é que o Governo vai anunciar a sua decisão face a um possível referendo ao texto, afirmou Sócrates aos jornalistas.
“Estamos perante um acordo histórico, que dá à Europa a capacidade de agir no século XXI”, declarou o presidente da Comissão Europeia, Durão Barroso. Sócrates diz que o acordo permite ultrapassar “o impasse de muitos anos”.
Na cimeira de Lisboa, a presidência portuguesa teve que resolver os problemas colocados pela Itália e Polónia.
A Itália ganhou um eurodeputado (passou de 72 para 73 de um total de 750 deputados), o que lhe permite manter a paridade com o Reino Unido.
Já no caso polaco, foi possível resolver a questão Ioannina (um mecanismo que, em certas circunstâncias, permite suspender uma decisão comunitária durante um determinado período de tempo).