Terminou este domingo a Semana da Recepção ao Caloiro da Academia do Porto. Para o último dia da iniciativa organizada pela Federação Académica do Porto (FAP) ficou reservada a Latada, o Juramento e o Baptismo dos caloiros.
Numa tarde agradável, as ruas do Porto foram invadidas por caloiros “cobertos” com ruidosas latas num cortejo com “bastante adesão”. Depois, prestaram Juramento à Praxe e foram “baptizados” como caloiros da Academia do Porto.
Uma semana de tradição
A semana iniciou-se no dia 22 com a tradicional Serenata, com fados académicos do Porto num dos locais mais emblemáticos da cidade, a Sé. Vestidos a rigor, os caloiros tiveram o seu primeiro contacto com o fado académico. Compareceram em bom número e preencheram a Sé com as cores das diferentes faculdades.
Seguiu-se o Dia da Beneficiência, que todos os anos recolhe fundos para instituições de cariz social, e que este ano reverteram a favor do Centro Social da Foz do Douro.
Na noite de terça-feira decorreu a Noite Negra (apresentação teatral da forma como é feita a praxe nas diversas instituições) “sem problemas e desta vez ao ar livre”, indica o presidente da FAP, Pedro Barrias.
Na quarta-feira, os caloiros percorreram a pé a cidade à descoberta das faculdades, com um trajecto e tarefas para cumprir. À noite, o “Rally das Tascas” animou as ruas e bares da cidade com a passagem dos estudantes.
Comboio do Caloiro atribulado
O Comboio do Caloiro, que este ano partiu em destino a Braga, é um dos eventos que mais atrai os estudantes, diz Ana Pinto, aluna da Faculdade de Letras. Este ano, a actividade teve uma adesão maior do que em anos anteriores.
Bem cedo, a estação de Campanhã foi “tomada de assalto” pelos 3.800 estudantes que tomavam a sua vez nos vários comboios. O cortejo pela cidade de Braga até às instalações da Universidade do Minho (UM), onde seriam recebidos os estudantes portuenses, foi uma verdadeira festa.
Terá sido a rivalidade entre alunos do Instituto Superior de Engenharia do Porto (ISEP) e de Engenharia da UM que despoletou os incidentes ocorridos durante a tarde, em que estudantes do Porto e do Minho se envolveram, situação desvalorizada pelo presidente da FAP.