A iniciativa é da companhia Teatro do Frio, com o apoio da Escola Superior de Música e das Artes do Espectáculo do Instituto Politécnico do Porto, e convida os portuenses (e não só) a participar num festival multifacetado e, no mínimo, muito divertido. O 1.º Festival Internacional de Clown do Porto acontece de quinta-feira a domingo, no edifício da Fábrica, Rua da Alegria, número 341.
Do festival fazem parte formações, espectáculos, projecção de filmes e tertúlias sobre o tema do clown – expressão artística que transpõe os palhaços, tradicionalmente presentes no circo, para um contexto teatral. A programação é variada e dirigida a públicos de todas as idades.
Para as formações, foram convidados importantes artistas da área, como Jimena Cavalletti, actriz e professora de clown de nacionalidade argentina, e Rodrigo Malvar, actor e participante na iniciativa “Operação Nariz Vermelho”, uma iniciativa internacional com presença no nosso país, que leva a alegria e o calor dos palhaços a crianças hospitalizadas.
Lacuna no Porto
A ideia deste festival começou um pouco por acaso. Helena da Silva, produtora da companhia Teatro do Frio, conta que a ideia inicial era fazer um pequeno encontro de palhaços, uma vez que os actores da companhia desenvolvem trabalho nessa área. “[Mas] deixámo-nos entusiasmar pela ideia de alargar o encontro e fazer deste um projecto para o público em geral”.
A produtora acrescenta a este motivo um outro: “preencher uma lacuna de iniciativas ligadas ao clown na cidade do Porto quando sabemos que há um crescente interesse na comunidade nesta área”.
“Lançar a semente”
Os objectivos da organização prendem-se com a “criação de um espaço de experiência e pesquisa no universo clown como expressão artística. O clown trabalha de forma muito específica a técnica do actor e, por isso, é uma expressão artística tão válida como qualquer outra”.
Quanto às expectativas da organização, a produtora revela: “Não esperamos uma adesão em massa, até porque não temos condições logísticas para isso, mas antes sensibilizar o público e lançar a semente para que este se torne um projecto permanente”.
Para isso, a organização decidiu apostar, nesta primeira edição, mais numa vertente didáctica, com quatro formações que preencherão o horário diurno do festival, do que numa vertente de entretenimento, para a qual ficou reservado o horário nocturno.