O ciclo de fotografia e cinema documental do Instituto Politécnico do Porto (IPP) “Imagens do Real Imaginado” regressa ao Porto, este ano subordinado ao tema “Olhares sobre a Cidade”. Decorre da próxima segunda-feira a 10 de Novembro, na Biblioteca Almeida Garrett e no Cinema Passos Manuel, no Porto.
Manoel de Oliveira, Fernando Lopes, Abi Feijó, Helmut Färber, Georges Dussaud, Jean-Luc Antonucci, Gérard Collas e Mike Hoolbom serão alguns dos nomes presentes na quarta edição do ciclo.
Através da exibição de filmes, exposições fotográficas e debates, o ciclo pretende reflectir sobre as representações da cidade no cinema e na fotografia: as cidades imaginadas são o elo de ligação entre as várias obras apresentadas durante os cinco dias do ciclo. Paris, Berlim, Porto, Lisboa, Tóquio e Brasília são algumas das cidades que servem de ponto de partida para uma reflexão multidisciplinar.
A cidade em cinema e fotografia
No cinema, o público poderá ver filmes como “Public Lighting” e “Imitations of Life”, de Mike Hoolboom; “Berlim, Sinfonia de uma Grande Cidade”, de Walter Ruttmann; “Paris qui dort”, de René Clair; “Playtime”, de Jacques Tati; e “Aurora”, de F. W. Murnau.
As cidades portuguesas estão representadas em obras como “Lisbon Story”, de Wim Wenders; “Belarmino”, de Fernando Lopes; “História Trágica com Final Feliz”, de Regina Pessoa; “Douro, Faina Fluvial e Porto da minha Infância”, de Manoel de Oliveira, e o filme concerto “Lisboa, Crónica Anedótica”, de Leitão Barros. O programa conta ainda com a estreia nacional de “A Caminho do Resto do Mundo”, de Pedro Maia.
Na fotografia, Olívia da Silva, Luís Carvalho e Georges Dussaud apresentam as suas obras. Aliada à amostra de cinema, Cesário M. F. Alves apresenta “Fragmentos da Rodagem de Lisbon Story”.
Um evento adequado a Bolonha
Jorge Campos, responsável pela programação, releva a importância dada desde a primeira edição do ciclo à adaptação do Curso de Tecnologia da Comunicação Audiovisual (CTCAV), do Instituto Politécnico do Porto à Declaração de Bolonha, “nomeadamente quanto aos mestrados profissionalizantes, dos quais então se começava a falar”.
“Incluir as Imagens do Real Imaginado nos planos curriculares” sempre foi uma preocupação, afirma Jorge Campos. Não fugindo à regra, este ano o ciclo conta também com trabalhos realizados pelos alunos do curso.
Internacionalizar o evento
“Internacionalizar o evento desde a primeira edição” foi outra das preocupações que se concretizou no aprofundamento das relações com universidades estrangeiras, “tendo em vista o funcionamento dos mestrados”, destacou Jorge Campos.
Este ano, o ciclo tem novas parcerias com a Alliance Française do Porto e com o Goethe Institut Portugal do Porto. Como na edição anterior, o ciclo conta também com a colaboração do Festival de Curtas-Metragens de Vila do Conde.