Yves Leterme renunciou hoje, sábado, ao cargo de primeiro-ministro belga. O líder dos democratas-cristãos flamengos aponta a falta de consenso entre partidos como razão para o abandono. O anúncio da renúncia à formação do próximo governo federal belga foi feito ao rei Alberto II, que aceitou o pedido do político flamengo.

Leterme justifica o abandono por “não achar sério continuar sem acordos claros”. Constata, também, que “não foi possível conseguir encontrar acordos claros entre os partidos sentados à mesa das negociações”. O líder tinha feito um ultimato na sexta-feira aos partidos da coligação. A resposta negativa dos democratas-cristãos francófonos precipitou a saída de Leterme.

Após a demissão, Leterme anunciou continuar disposto a “ajudar o país na procura de soluções para o futuro”. Apesar de tudo, o líder dos democratas-cristãos flamengos mostra-se desapontado pelo resultado do esforço dispendido. “Nas últimas semanas, fiz tudo o que estava ao meu alcance. Infelizmente, não foi possível concluir a minha tarefa com sucesso”, declarou.

A Bélgica encontra-se sem governo desde as eleições de 10 de Junho. O líder dos democratas-cristãos flamengos, Yves Leterme, ficou responsável pela formação de um novo governo devido à vitória nas eleições. Apesar de ter anunciado a saída a 23 de Agosto, Leterme permaneceu à frente da coligação até hoje.

A Bélgica encontra-se dividida entre Flandres e Wallónia. Essa divisão geográfica e ideológica reflecte-se nas negociações entre os partidos da coligação. Alberto II tem, agora, de encontrar uma solução para a crise belga.