“A Cigarra e a Formiga” é a mais recente produção do Teatro Experimental do Porto (TEP). É o 209º espectáculo da companhia teatral – este dirigido, sobretudo, às crianças – e está em cena, mais uma vez, no Auditório Municipal de Vila Nova de Gaia.

O elenco é formado por José Dias, Mané Carvalho, Patrícia Franco, Santiago Lagoa e Vítor Nunes, para além de vários alunos do Curso Superior de Teatro da Escola Superior Artística do Porto. A música original é de Paulino Garcia, os figurinos de Mário Dias Garcia. A encenação ficou a cargo de Norberto Barroca.

É a primeira vez que esta versão de “A Cigarra e a Formiga” está nos teatros portugueses. A peça reescrita por Alexandre O’Neill foi entregue a Norberto Barroca pouco tempo antes da morte do escritor, a 21 de Agosto de 1986, para que o encenador do TEP a pudesse levar para os palcos. O pedido só agora se concretizou.

É uma versão da fábula de Esopo, o escritor clássico grego. No entanto, O’Neill não se limitou a copiar a obra de Esopo e acrescentou partes de outras peripécias, como a história da Carochinha e a luta dos homens contra os animais. Transformou-a assim num “espectáculo musical onde a magia da palavra se alia ao canto e ao movimento”, segundo Júlio Gago, presidente do TEP.

É uma peça que, apesar de ter sido concebida para crianças e adultos, é mais destinada para o público mais jovem, algo que não vem sendo habitual na história recente do TEP. Júlio Gago acrescenta que, para tornar este espectáculo atractivo para jovens e adultos sem perder o estilo do TEP, “muito contribuíram os jovens actores provenientes da Escola Superior Artística do Porto”.

O espectáculo está em cena desde 15 de Novembro e vai permanecer no Auditório de Gaia precisamente um mês, até 15 de Dezembro. São duas representações diárias às segundas, quartas, quintas e sextas-feiras, às 10h30 e às 15h00, e uma aos sábados, às 16h00.

A única exibição nocturna foi no dia seguinte à estreia e, curiosamente, contou com muitos adultos, quase não se vendo crianças na plateia.