Cerca de 500 pessoas terão, esta terça-feira, celebrado o 11º aniversário da classificação do centro histórico do Porto como Património Mundial. Muitas? Poucas? “Pôr toda a gente a falar no assunto é, só por si, uma vitória”, contrapõe Licínia Rangel, membro da organização, satisfeita, mesmo assim, com a adesão popular.

“Foi de encontro às nossas expectativas, tendo em conta a divulgação feita com pouca antecedência”, o horário (hora de jantar) e a natureza do evento – “não era um concerto, nem um arraial, mas uma festa-reflexão”, afirmou ao JPN. Destacou a adesão à conferência e concertos no Palácio da Bolsa. Ficaram pessoas à porta do Salão Árabe, que tem 220 lugares.

Mais do que cidadãos do centro histórico, diz Licínia Rangel, “quem estava lá estava altamente motivado” e tinha “conhecimento e reflexão” sobre a preservação do zona classificada em 1996 pela UNESCO.

“Manter na agenda” o centro histórico

Rangel foi chefe da Divisão de Turismo da Câmara do Porto de 1993 a 1998. Acompanhou o processo de classificação e está actualmente a preparar uma tese de mestrado sobre o centro histórico portuense. “Duvido que as coisas fiquem na mesma a partir de agora. O centro histórico merece mais atenção”, sublinha.

Agora, é altura do Cidadãos do Porto – Sociedade Aberta “fazer contas e tentar minimizar o eventual prejuízo financeiro”. Falta saber quantas das 2 mil lanternas produzidas foram vendidas, mas já se sabe que muitas ficaram por vender.

“Vamos fazer uma reunião de balanço e preparar três ou quatro iniciativas que façam o seguimento de toda esta atenção”, revela. Objectivo: “Manter na agenda” o centro histórico do Porto.